2 de abril de 2014

A Importância da Oração e Meditação



Oração


Quem não reza, se condena!
Em primeiro lugar, Deus nos faz conhecer, por este meio, o grande amor que nos tem.Quer maior prova de amizade uma pessoa pode dar a seu amigo do que lhe dizer: pede-me o que quiseres e de mim receberás?Ora, é justamente isso que o Senhor nos diz: “Pedi e vos será dado, buscai e achareis”.Por isso mesmo, a oração se torna poderosa junto de Deus para nos alcançar todos os bens.A oração tudo pode, quem reza alcança a Deus o que quer. “Bendito seja Deus que não rejeitou minha oração, nem retirou de mim a sua misericórdia”.Diz Santo Agostinho: “Quando percebes que não te falta a oração, fica sossegado, pois a misericórdia de Deus não te faltará”.E São João Crisóstomo disse: “Sempre se alcança, até mesmo enquanto estamos rezando”.Quando pedimos ao Senhor, já antes de terminados de pedir, ele nos dá a graça que suplicamos.


Se portanto, somos pobres, queixemo-nos só de nós mesmos.Somos pobres porque assim o queremos e por isso não merecemos compaixão.Que compaixão pode merecer um mendigo, que tendo um patrão muito rico prefere ficar na sua miséria só para não pedir o que lhe é necessário?Deus está pronto a enriquecer todos os que lhe pedem: “É Rico para todos que o invocam”.


A prece humilde consegue tudo de Deus.Saibamos também que ela nos é útil e mesmo necessária para nossa salvação.Para vencermos as tentações temos necessidade absoluta da ajuda de Deus.Algumas vezes, em tentações mais fortes, a graça suficiente que Deus não nega a ninguém, poderia bastar para resistirmos ao pecado.Mas, devido às nossas más tendências, ela não nos bastará; necessitamos então de uma graça especial.Quem reza, alcança esta graça; quem não reza, não a consegue e se perde.

Tratando-se particularmente da graça da perseverança final, isto é, de morrer na amizade de Deus, o que é absolutamente necessário para a nossa salvação, do contrário estaremos para sempre perdidos, esta graça Deus não a dá senão a quem pede.Este é um dos motivos porque muitos não se salvam, pois são poucos os que cuidam de pedir a Deus a graça da perseverança final.(Santo Afonso Maria de Ligório – A Prática do Amor a Jesus Cristo).

Santa Maria Faustina Helena Kowalska, diz em seu Diário: “É pela oração que a alma se arma para toda espécie de combate.Em qualquer estado em que se encontre, a alma deve rezar. - Tem que rezar a alma pura e bela, porque de outra forma perderia a sua beleza; deve rezar a alma que está buscando essa pureza, porque de outra forma não a atingiria; deve rezar a alma recém-convertida, porque de outra forma cairia novamente; deve rezar a alma pecadora, atolada em pecados, para que possa levantar-se.E não existe uma só alma que não tenha a obrigação de rezar, porque toda a graça provém da oração“.(Santa Faustina kowalska – Diário)


Meditação

Diz São João Gerson que quem não medita as verdades eternas não pode, a não ser por milagre, viver como cristão.A razão é que, sem meditação, não há luz e se caminha na escuridão.As verdades da fé não se enxergam com os olhos do corpo, mas com os olhos da alma, quando nosso espírito as medita.Quem não faz meditação sobre as verdades eternas, não pode vê-las e por isso anda no escuro, facilmente se apega às coisas sensíveis e por causa delas despreza os bens eternos.Santa Teresa escreveu: “Embora pareça que não há imperfeições em nós, descobrimos grande número delas, quando Deus faz ver o nosso íntimo, o que ele costuma fazer na meditação”.São Bernardo também escreveu: “Quem não medita, não julga com severidade a si mesmo, porque não se conhece”.A oração controla nossos afetos e dirige nossos atos para Deus; mas sem oração, os afetos de nossa alma se apegam à terra, nossas ações acompanham os afetos e assim tudo acaba em desordem.

É impressionante o que se lê na vida da venerável irmã Maria Crucifixa.quando rezava, como que ouviu um demônio gloriar-se de ter feito uma religiosa deixar a meditação.Em espírito viu que, após essa falta, o demônio tentava a religiosa a cometer uma falta grave e ela já estava para consentir.Correndo depressa, chamou-lhe atenção e livrou-a da queda.Dizia Santa Teresa que quem deixa a meditação “em pouco tempo se torna um animal ou um demônio”.

Dizia São Luís Gonzaga: “Não existirá muita perfeição, se não existir muita meditação”.Reparem bem nesta frase as pessoas que amam a perfeição!

Santa Catarina de Bolonha dizia: “Quem não medita muito, fica sem o laço de união com Deus.Nesta situação não será difícil para o demônio, encontrando a pessoa fria no amor de Deus, levá-la a se alimentar com uma fruta envenenada”.

Santa Teresa também dizia: “Quem persevera na meditação, mesmo que o demônio a tente de muitas maneiras, tenho certeza que Senhor a levará ao porto da salvação…Quem não pára no caminho da meditação, chegará ainda que tarde”.Também dizia que: “O demônio se esforça muito em afastar a pessoa da meditação porque ele sabe que as pessoas perseverantes na oração estão perdidas para ele”.

… “Quantos bens se conseguem na meditação!Dela nascem os bons pensamentos, manifestam-se nossos piedosos afetos, desenvolvem-se os grandes desejos, tomam-se às resoluções firmes de se dar inteiramente a Deus.Dessa maneira, a pessoa lhe sacrifica os prazeres terrenos e todos os desejos desordenados.

Na Oração nasce ainda o desejo de se retirar à solidão ficar a sós com Deus, e o desejo de conservar o recolhimento interior nas ocupações externas e necessárias.Disse “ocupações necessárias”, isto é, seja por causa da direção da família, seja por causa dos próprios deveres, ou dos trabalhos exigidos pela obediência.Mesmo assim pessoas de oração devem amar a solidão e não se dissipar em ocupações extravagantes e inúteis; do contrário, perderão o espírito de recolhimento, este grande meio de manter a união com Deus: “És um jardim fechado, minha irmã, minha esposa”.Nossa alma, esposa de Jesus Cristo, deve ser um jardim fechado a todas as criaturas, não admitindo outros pensamentos e ocupações que não sejam de Deus ou para Deus.Os corações dissipados não se tornam santos.


Os santos que se dedicam a conquistar pessoas para Deus, não perdem o recolhimento mesmo entre as canseiras da pregação, do ouvir confissões, do reconciliar inimigos, do assistir os doentes.O mesmo acontece com aqueles que se dedicam ao estudo.Quantos estudam muito e se esforçam para se tornar sábios e acabam não se tornando nem sábios nem santos.A verdadeira sabedoria é a sabedoria dos santos: “Saber amar a Jesus Cristo”.O amor de Deus traz consigo a ciência e todos os bens: “Com ela me vieram todos os bens”, isto é, com a caridade.Quem deixa a oração por causa do estudo não busca a Deus, mas a si mesmo.


O maior mal além disso é que sem meditação não se reza.Dizia o bispo de Osma, João Palafox: “Como podemos conservar a caridade, se Deus não nos dá a perseverança?Como o Senhor nos dará a perseverança, se não a pedimos?Como a pediremos sem oração?Sem oração não existe comunicação com Deus, para se manter a vida cristã”.De fato quem, não faz meditação enxerga pouco as necessidades de sua alma, não conhece bem os perigos a que se expõe para se salvar, nem os meios que se deve usar para vencer as tentações.Assim conhecendo pouco a necessidade da oração, deixará de rezar e certamente se perderá.(A prática do amor a Jesus Cristo, Sto. Afonso Maria de Ligório)

Então amados irmãos e irmãs, vejam o que as Sagradas Escrituras nos diz:

“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram” (Hb 11,6)

Então é preciso procurar a Deus!Mas aonde?Como chegar até Ele?

São Padre Pio de Pietrelcina nos ensina que: “Nos livros procuramos o conhecimento de Deus; na oração encontramos Deus vivo.A oração é a melhor arma que temos, é a chave do coração de Deus”.

É na oração que encontramos o Nosso Deus!

Deus quer que o busquemos sempre, por isso Ele nos Diz:

“É necessário orar sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1)

Porque meus irmãos e irmãs, orando nós nos afastamos do mal e nos aproximamos do nosso Bem Absoluto que é Deus.Pois sem ele não há vida “Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito” (Jo 1,3).Sem Ele nós não somos nada, pois ele mesmo nos diz: “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).E como podemos observar não há possibilidade de permanecer em Cristo sem oração!

Então o que rezar?

Vejamos o que os Papas disseram:

Papa São Pio X: “O rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as orações à Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o coração da Mãe de Deus.Rezai-o todos os dias”.

Papa Beato João XXIII: “Como exercício de devoção cristã, entre os fiéis de rito latino,… o Rosário ocupa o primeiro lugar depois da Santa Missa e do Breviário, para os eclesiásticos, e da participação nos Sacramentos, para os leigos” (Carta apostólica Il religioso convengno de 29 de setembro de 1961).

Papa Paulo VI: “Não deixeis de inculcar com toda a diligência e insistência o Rosário Marial, forma de oração tão grata à Virgem Mãe de Deus e tão freqüentemente recomendada pelos Romanos Pontífices, pela qual se proporcional aos fiéis o mais excelentes meio de cumprir de modo suave e eficaz o preceito do Divino Mestre: “Pedi e receberei, buscai e achareis, batei e abrir-se-á (Mt 7,7)” (Encíclica Mense maio de 29 de abril de 1965).

Papa João Paulo II: “O Rosário, lentamente recitado e meditado, em família, em comunidade pessoalmente, vos fará penetrar pouco a pouco, nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os acontecimentos que são a chave de nossa salvação” (Alocução de 6 de maio de 1980)

Papa Pio XII: “Será em vão o esforço de remediar a situação decadente da sociedade civil, se a família, princípio e base de toda a sociedade humana, não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho.E Nós afirmamos que, para desempenho cabal deste árduo dever, é sobretudo conveniente o costume do Rosário em família.

….De novo, pois, e categoricamente, não hesitamos em afirmar de público que depositamos grande esperança no Rosário de Nossa Senhora como remédio dos males do nosso tempo” (Encíclica Ingruentium malorum de 15 de setembro de 1951).

Papa Pio XI: “O Rosário é “uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios…Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula, alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas” (Encíclica Ingravescentibus malis de 29 de setembro de 1937)

Papa Bento XV: “A Igreja, sobretudo por meio do Rosário, sempre encontrou nela (em Maria), a Mãe da graça e a Mãe da misericórdia, precisamente conforme tem o costume de saudá-la.Por isso, os romanos Pontífices jamais deixaram passar ocasião alguma, até o presente, de exaltar com os maiores louvores o Rosário mariano, e de enriquecê-lo com indulgência apostólicas”.(Encíclica Fausto appetente de 29 de junho de 1921).

Papa Beato Pio IX: “Assim como São Domingos se valeu do Rosário como de uma espada para destruir a nefanda heresia dos albigenses, assim também hoje os fiéis exercitados no uso desta arma, que é a reza cotidiana do Rosário, facilmente conseguirão destruir os monstruosos erros e impiedades que por todas as partes se levantam” (Encíclica Egregiis de 3 de dezembro de 1856).

Papa Leão XIII: “Queira Deus, é este um ardente desejo Nosso, que esta prática de piedade retome em toda parte o seu antigo lugar de honra!Nas cidades e nas aldeias, nas famílias e nos locais de trabalho, entre as elites e os humildes, seja o Rosário amado e venerado como insigne distintivo da profissão cristã e o auxílio mais eficaz para nos propiciar a divina clemência” (Encíclica Jucunda semper de 8 de setembro de 1894).

E não podíamos de deixar de acrescentar uma fala de São Luís Maria Grignion de Montfort sobre o Santo Rosário:

Dizia ele:”Não é possível expressar quanto a Santíssima Virgem estima o Rosário sobre todas as demais devoções, e quão magnânimo é ao recompensar os que trabalham para pregá-lo, estabelecê-lo e cultivá-lo. Recitado enquanto são meditados os mistérios sagrados, o Rosário é manancial de maravilhosos frutos e depósito de toda espécie de bens. Através dele, os pecadores obtêm o perdão; as almas sedentas se saciam; os que choram acham alegria; os que são tentados, a tranqüilidade; os pobres são socorridos; os religiosos, reformados; os ignorantes, instruídos; os vivos triunfam da vaidade, e as almas do purgatório (por meio de sufrágios) encontram alívio. Perseverai, portanto, nessa santa devoção, e tereis a coroa admirável preparada no Céu para a vossa fidelidade“.(Tratado Da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem)

Como podemos observar a prática de oração que os Romanos Pontífices e os santos nos orientam é o Santo Rosário.Rezai com fé e sem pressa de terminar.Pois como dizia o Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo, Confessor e Doutor da Igreja, em seu livro a Prática do amor a Jesus Cristo.A Paciência é o princípio da Perfeição!

Agora já sabemos o que rezar!Mas o que vamos meditar?Nesse assunto nos socorre Santo Afonso Maria de Ligório.

“Quanto ao que meditar, não há assunto mais útil do que as verdades da vida: a morte, o julgamento, o inferno e o céu.Devemos meditar especialmente na morte, imaginado estarmos enfermos para morrer numa cama, com o crucifixo nas mãos e próximos a entrar na eternidade.Mas, principalmente para quem ama a Jesus Cristo e deseja crescer no seu santo amor, não existe meditação mais útil do que a Paixão do Redentor.‘O Calvário é a montanha das pessoas que amam’.Quem ama a Jesus Cristo sempre faz sua meditação sobre esta montanha, onde não se respira outro ar senão o amor de Deus.Vendo um Deus que morre por nosso amor e porque nos ama – ‘amou-nos e se entregou por nós’ – é impossível não o amar intensamente.Das chagas de Jesus Crucificado saem continuamente flechas de amor que ferem os corações mais duros.Feliz aquele que faz continuamente nesta vida a sua meditação sobre o monte Calvário!Montanha feliz, amável, querida, quem se afastará de ti?Desprendendo fogo, abrasas as pessoas que moram permanentemente sobre ti!“. (Prática do amor a Jesus Cristo).

Não é a toa que o Grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório nos ensina em um de seus livros.

“Diz São Boaventura: “Se quereis progredir no amor de Deus , meditai todos os dias a Paixão do Senhor.Nada contribui tanto para a santidade das pessoas como a Paixão de Cristo“.E dizia já Santo Agostinho: “Vale mais uma lágrima derramada ao lembrar da Paixão, do que o jejum a pão e água em cada semana“.É por isso que os santos se ocuparam tanto em meditar as dores de Cristo.”

São Francisco de Assis tornou-se um grande santo com esse meio.Um dia, foi encontrado chorando e gritando em alta voz.Perguntaram-lhe o porquê.

-”Choro as dores e as humilhações do meu Senhor.O que mais me faz chorar é que os homens, por quem ele sofreu tanto, vivem esquecidos dele“.Dizendo isso, soluçava mais ainda ao ponto de também cair em prantos a pessoa que o interrogava.Quando ouvia o balido de um cordeiro, ou de outra coisa que lhe lembrava Jesus Sofredor, vinham-lhe as lágrimas.Estando doente, alguém o aconselhou a ler um livro piedoso.Ele respondeu: “Meu livro é Jesus Crucificado“.Por isso é que exortava seus confrades a pensar sempre na paixão de Jesus Cristo.”Quem não se enamora de Deus, vendo Cristo morto na cruz, não se abrasará jamais“. (Santo Afonso Maria de Ligório – Prática do amor a Jesus Cristo)

3ª SETENA DE NOSSA SENHORA RAINHA E MENSAGEIRA DA PAZ 2º DIA.


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6ª TREZENA DE NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA 2º DIA.(MEDITAÇÕES DO LIVRO MÍSTICA CIDADE DE DEUS - NOSSA SENHORA À VIDENTE SÓROR MARIA DE JESUS DE ÁGREDA)


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1 de abril de 2014

6ª TREZENA DE NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA 1º DIA.(MEDITAÇÕES DO LIVRO MÍSTICA CIDADE DE DEUS - NOSSA SENHORA À VIDENTE SÓROR MARIA DE JESUS DE ÁGREDA)




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31 de março de 2014

Da Salvação de Nossa Alma Santo Afonso Maria de Ligório



« A salvação eterna não é só o mais importante,
senão o único negócio que nesta vida nos impende »
(Lc 10,42)



« A salvação eterna não é só o mais importante,
senão o único negócio que nesta vida nos impende »
(Lc 10,42)

O negócio da eterna salvação é, sem dúvida, o mais importante, e, contudo, é aquele de que os cristãos mais se esquecem!.

Não há diligência que não se efetue, nem tempo que não se aproveite para obter algum cargo, ganhar uma demanda, ou contratar tal casamento... Quantos conselhos, quantas precauções se tomam! Não se come, não se dorme!...E para alcançar a salvação eterna? O que se faz?

Nada se costuma fazer; ao contrário, tudo o que se faz é para perdê-la, e a maior parte dos cristãos vive como se a morte, o juízo, o inferno, a glória e a eternidade não fossem verdades de fé, mas apenas fábulas inventadas pelos poetas.

Quanta aflição quanto se perde um processo ou uma colheita e quanto cuidado para reparar o prejuízo!... Quando se extravia um cavalo ou um cão, quantas diligências para encontrá-los. Muitos perdem a graça de Deus, e entretanto dormem, riem e gracejam!...

“Mas vós, disse São Paulo, vós, meus irmãos, pensai unicamente no magno assunto de vossa salvação, pois constituiu o negócio da mais alta importância”. É, sem contestação, o negócio mais importante, porque é das mais graves conseqüências, em vista de se tratar da alma, e, perdendo-se esta, tudo está perdido. Devemos estimar a alma – disse São João Crisóstomo, como o mais precioso dos bens. Para compreender esta verdade, basta considerar que Deus sacrificou seu próprio Filho à morte para salvar nossas almas (Jo 3,16). O Verbo Eterno não vacilou em resgatá-las com seu próprio sangue (I Cor 6,20).

Daí esta palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Que dará o homem em troco de sua alma?” (Mt 16,26). Se tem tamanho valor a alma, qual o bem do mundo que poderá dar em troca o homem que a vem a perder?

Razão tinha São Filipe Neri em chamar de louco o homem que não trabalhava na salvação de sua alma. Se houvesse na terra homens mortais e homens imortais e aqueles vissem estes se aplicarem afanosamente às coisas do mundo, procurando honras, riquezas e prazeres terrenos, dizer-lhes-iam sem dúvida: « Quanto sois insensatos! Podeis adquirir bens eternos e só pensais nas coisas miseráveis e passageiras, condenando-vos a penas eternas na outra vida!... Deixai-os, pois, nesses bens s´´o devem pensar os desventurados que, como nós, sabem que tudo se acaba com a morte!... ». Isto, porém, não é assim: todos somos imortais...

A salvação eterna não é só o mais importante, senão o único negócio que nesta vida nos impende (Lc 10,42). “Que aproveita ao homem, disse o Senhor, ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mt 16,26).

Se tu te salvas, meu irmão, nada importa que no mundo hajas sido pobre, perseguido e desprezado. Salvando-te, acabar-se-ão os males e serás feliz por toda a eternidade. Mas se te enganares e te perderes, de que te servirá no inferno haveres desfrutado de todos os prazeres do mundo, teres sido rico e cortejado? Perdida a alma, tudo está perdido: honras, divertimentos e riquezas.

Dirá Deus para ti no dia do Juízo, que coloquei-te neste mundo não para divertir-se, nem enriquecer, nem adquirir honras, senão para salvar sua alma, infelizmente a tudo tu atendeste, menos à salvação de tua alma!

Os mundanos não pensam no presente e nunca no futuro. Este é o único negócio, porque só temos uma alma. “Com receio e com tremor, trabalhai na vossa salvação” (Fl 2,12). Quem não receia nem teme perder-se não se salvará, porque para se salvar é preciso trabalhar e empregar violência (Mt 11,12).

Negócio importante, negócio único, negócio irreparável. Não há falta que se possa comparar, diz Santo Eusébio, ao desprezo da salvação eterna. Todos os demais erros podem ter remédio.

Perdido os bens, é possível readquirir outros por meio de novos trabalhos. Perdido um emprego, pode ser recuperado. Ainda no caso de perder a vida, se salvar a alma, tudo está preparado. Mas, para quem, se condena, não há possibilidade de remédio. Morre-se uma vez, e perdida uma vez a alma, está perdida para sempre.

Só restará o pranto eterno com os outros míseros insensatos do inferno, cuja pena e maior tormento consiste em pensar que para eles já não há mais tempo de remediar sua desdita (Jr 8,20). qual não seria o pesar daquele, que, tendo podido prevenir e evitar com pouco esforço a ruína de sua casa, a encontrasse um dia desabada, e só então considerasse seu descuido, quando não houvesse já remédio possível?

E se alguém objetar: Mesmo que cometa este pecado, porque ei de condenar-me?... Acaso, não poderei salvar-me? Responder-lhe-ei: Também pode ser que te condenes. Ainda direi que até há mais probabilidade em favor de tua condenação, porque a Sagrada Escritura ameaça com este tremendo castigo os pecadores obstinados, como tu o és neste instante. “Ai dos filhos que desertam!” (Is 30,1), diz o Senhor. “Ai daqueles que se afastam de mim” (Os 7,13).

E não pões ao menos, com esse pecado cometido, a tua salvação eterna em grande perigo e grande incerteza? E qual é esse negócio que assim se pode arriscar? Não se trata de uma casa, de uma cidade, de um emprego; trata-se, diz São João Crisóstomo, de padecer uma eternidade de tormentos e de perder um paraíso de delícias. E esse negócio, que tanto te deve importar, queres arriscá-lo por um “talvez”? Acaso, esperas que Deus aumente para ti suas luzes e suas graças depois que tu hajas aumentado ilimitadamente tuas faltas e pecados?

O dia da morte é chamado o dia da perda, porque perdermos as honras, as riquezas e os prazeres, enfim, todos os bens terrenos. Por esta razão diz Santo Ambrósio que não podemos chamar nossos, esses bens, porque não podemos levá-los conosco para o outro mundo; somente as virtudes nos acompanham para a eternidade.

“De que serve, pois, ganhar o mundo inteiro, se à hora da morte, perdendo a alma, tudo perde?”... Oh! Quantos jovens, penetrados desta grande máxima, resolveram entrar na clausura! Quantos anacoretas conduziu ao deserto! A quantos mártires moveu a dar a vida por Cristo!

Por meio destas máximas soube Santo Inácio de Loyola chamar para Deus inúmeras almas, entre elas a alma formosíssima de São Francisco Xavier que, residindo em Paris, ali se ocupava em pensamentos mundanos. “Pensa, Francisco, lhe disse um dia o Santo, pensa que o mundo é traidor, que promete e não cumpre; mas ainda que cumprisse o que promete, jamais poderia satisfazer teu coração. E supondo que o satisfizesse, quanto tempo poderá durar essa felicidade? Mais que tua vida? E no fim dela, levarás tua dita para a eternidade? Existe, porventura, algum poderoso que tenha levado para o outro mundo uma moeda sequer ou um criado para seu serviço?...” Movido por estas considerações, São Francisco Xavier renunciou ao mundo, seguiu Santo Inácio de Loyola e se tornou um grande santo.

É mister pesar os bens na balança de Deus e não na do mundo, que é falsa e enganadora (Os 12,7). Os bens do mundo são desprezíveis, não satisfazem e acabam depressa. “Meus dias passaram mais depressa que um correio; passaram como um navio...” (Jo 9,25)

Passam e fogem velozes os breves dias desta vida; e o que resta por fim dos prazeres terrenos? Passaram como navios. O navio não deixa vestígio de sua passagem (Sb 5,10).

“O tempo é breve...os que se servem do mundo, sejam como se dele não se servissem, porque a figura deste mundo passa...” (I Cor 7,31). Procuremos, pois, viver de maneira que à hora de nossa morte não se nos possa dizer o que se disse ao néscio mencionado no Evangelho: “Insensato, nesta noite há de exigir de ti a entrega de tua alma; e as coisas que juntaste, para que serão?” (Lc 12,20). E logo acrescenta São Lucas: “Assim é que sucede a quem enriquece para si, e não é rico aos olhos de Deus” (Lc 12,21).

Mais adiante diz: “Procurai entesourar para o céu, onde não chegam os ladrões nem rói a traça” (Mt 6,20).

Façamos, pois todo o esforço para adquirir o grande tesouro do amor divino. “Que possui o rico, se não tem caridade? E se o pobre tem caridade, o que não possui?”, diz Santo Agostinho. Quem possui todas as riquezas, mas não possui a Deus, é o mais pobre do mundo. Mas o pobre que possui a Deus possui tudo... E quem é que possui a Deus? Aquele que o ama. “Quem, permanece na caridade, em Deus permanece, e Deus nele” (I Jo 4,16)

30 de março de 2014

JACAREÍ, 30.03.2014 -MENSAGEM DE NOSSA SENHORA - 253ª AULA DA ESCOLA DE SANTIDADE E AMOR DE NOSSA SENHORA - TRANSMISSÃO DAS APARIÇÕES DIÁRIAS AO VIVO VIA INTERNET NA WEBTV MUNDIAL:WWW.APPARITIONSTV.COM


ASSISTA O VÍDEO DESTE CENÁCULO:
(AGUARDE)



JACAREÍ, 30 DE MARÇO DE 2014
253ª AULA DA ESCOLA DE SANTIDADE E AMOR DE NOSSA SENHORA
TRANSMISSÃO DAS APARIÇÕES DIÁRIAS AO VIVO VIA INTERNET NA WEBTV MUNDIAL: WWW.APPARITIONSTV.COM
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA


(Maria Santíssima): “Amados filhos Meus, hoje, novamente venho chamar-vos à Oração, à Penitência e à Conversão. Estas Aparições Aqui em Jacareí são as últimas para a humanidade, é o último chamado, a última chance que Deus dá ao mundo inteiro.
Aproveitai este tempo para vos converterdes sinceramente e voltardes a Deus pelo caminho da Oração, da Renúncia ao pecado e às seduções deste mundo.
Caminhai na esteira luminosa que Eu vos mostro Aqui nas Minhas Mensagens, para que sejais grandes Santos e para que possais realizar perfeitamente a santa vontade de Deus.
Caminhai na senda luminosa que Eu vos mostro nas Minhas Mensagens, que é a esteira, a senda, da Oração. Da Oração que vos levará a viver cada vez mais com Deus, em Deus e por Deus, a Oração com o coração que vos eleva e une com o Senhor.
Pela esteira, pela senda do Sacrifício, que vos levará a fazer e a sofrer tudo por Deus com amor, tudo pela salvação das almas com amor.
Segui-Me pela esteira, pela senda da Penitência, que vos levará a sentir verdadeira dor dos vossos pecados e a procurar de todos os modos repará-los e não mais torna-los a cometer. Então, vós seguireis pelo caminho da salvação que vos conduzirá ao Céu até Deus.
O tempo se esgota, não há mais tempo a perder com coisas efêmeras, com coisas banais, ocupai-vos do negócio da vossa salvação, porque ele é o mais importante de toda a vossa vida.
Vede os mundanos, quando perdem dinheiro, quando perdem algum bem, uma casa, um carro, como se impacientam, como empreendem todos os esforços para recuperar os seus bens perdidos. Somente para com a própria alma é que os homens não se preocupam, somente com a própria alma é que os homens não tem a mesma solicitude e empenho para poder salvá-la.
Por isso venho dizer-vos; ocupai-vos no negócio de vossa salvação, colocai-o em primeiro lugar nas vossas vidas, para que verdadeiramente a vossa existência no final seja uma existência vitoriosa. Ou seja, que valha a pena, porque de nada vos valerá serdes ricos, serdes famosos, serdes cortejados ou amados pelos outros se vierdes a perder a vossa alma e fazê-la cair eternamente no fogo do inferno.
Por isso, trabalhai pela salvação das vossas almas em primeiro lugar para que a vossa existência seja valiosa e o seu valor se perpetue por toda a eternidade no Céu e na Terra levando muitos outros, milhares de outras almas pelo mesmo caminho da conversão, da santificação, pelo caminho do perfeito amor a Deus.
Eu vos amo muito e estou convosco em todos os vossos sofrimentos e dificuldades. Continuai a rezar todas as Orações que vos dei Aqui, rezai-as porque por meio delas vos conduzirei pelo caminho que vos levará até Deus.
E não vos esqueçais nunca: Sou a vossa Mãe, mas um dia serei a vossa Juíza. Por isso, convertei-vos sem demora e voltai até Deus.
Vinde a Mim agora que posso dar-vos todas as graças para a vossa salvação, pedi essas graças a Mim e Eu não negarei nenhuma a vós. Tudo o que necessitardes pedi ao Meu Coração Imaculado, pedi ao Sagrado Coração do Meu Filho, pelos merecimentos de Minhas Lágrimas, de Minhas Dores, do Meu Rosário e tudo vos será dado.
A todos abençoo de Caravaggio, de Savona e de Jacareí.

A Paz Meus filhos, a Paz Marcos, o mais esforçado e obediente dos Meus Servos”



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27 de março de 2014

Da vocação Religiosa - Santo Afonso Maria de Ligório





Santo Afonso Maria de Ligório (27/09/1696 - 02/08/1787)
Doutor Zelosíssimo da Igreja


Da vocação Religiosa

« Levá-lo-ei ao deserto
e lhe falarei ao coração »
(Os 2,14)

Quanto importa seguir a vocação para a vida religiosa

“Na antiga Lei, os israelitas eram o povo eleito e querido de Deus, em oposição aos egípcios; e na Lei nova o mesmo se dá com os religiosos em relação aos seculares. Como os israelitas saíram do Egito, terra de trabalhos e escravidão, onde Deus não era conhecido; assim os religiosos saem do mundo, que paga seus servidores com amarguras e enfados, e onde Deus é pouco conhecido; assim os religiosos saem do mundo, que paga seus servidores com amarguras e enfados, e onde Deus é pouco conhecido. Assim como os israelitas, no deserto, foram guiados à terra da promissão por uma coluna de fogo, assim também os religiosos são conduzidos pela luz do Espírito Santo no caminho de sua vocação ao estado religioso, que muito se assemelha à terra prometida.

Notemos que o estado religioso é semelhante não só à terra prometida, que figurava o céu, mas ainda ao mesmo céu. Com efeito, no céu não há desejos das riquezas terrenas, nem dos prazeres dos sentidos, nem da própria vontade; e no estado religioso, os votos de pobreza, castidade e obediência fecham a porta a essas cobiças perniciosas.

No céu não há outra ocupação que louvar a Deus; e o mesmo se dá no estado religioso, onde tudo que se faz se refere ao louvor de Deus. No Céu, enfim, goza-se de uma paz contínua, porque os bem-aventurados encontram em Deus todos os bens; e no estado religioso, onde não se busca senão a Deus, encontra-se aquela paz que excede todas as delícias e satisfações que o mundo pode oferecer.

Depois do batismo, a vocação ao estado religioso é a maior graça que Deus pode fazer a uma criatura, razão por que se deve estimar o estado religioso mais que todas as grandezas e todos os reinos do mundo.

É verdade indiscutível que a nossa eterna salvação do estado. O Padre Granada chamava à eleição do estado a roda mestra da vida. Assim como nos relógios descentrada a roda mestra, anda mal todo o relógio; assim também no negócio da salvação.

Na eleição do estado, se queremos assegurar a salvação eterna, é mister que sigamos a vocação divina, pois só assim nos concede Deus o auxílio necessário para alcançar a bem-aventurança.

E esta asserção é corroborada por São Cipriano de Cartago que afirma: « A virtude do Espírito Santo não é dada segundo o nosso arbítrio, mas segundo a sua vontade ». Por isso diz São Paulo: “Cada um recebe de Deus o próprio dom” (I Cor 7,7). E isto quer dizer, como explica Cornélio a Lápide, que Deus talha a cada um a sua vocação e lhe assinala o estado em que o quer salvar.

Esta doutrina conforma-se perfeitamente com a ordem da predestinação descrita pelo mesmo Apóstolo: “E aos que predestinou, a esses também justificou” (Rm 8,30). Forçoso é admitir que o problema da vocação no mundo é pouco compreendido por alguns; parece-lhes que é o mesmo viver no estado por inclinação própria. É por esse motivo que tantos levam vida desordena e se condenam. É, porém, matéria que não sofre discussão: a eleição do estado é o ponto cardeal para a conquista da vida eterna. A vocação sucede a justificação, à justificação a glorificação, isto é a vida eterna. Quem altera esta ordem e desfaz esta cadeia, não se salvará! No meio de todas as fadigas e trabalhos a que se sujeitar, ouvirá sempre a voz de Santo Agostinho a lhe dizer: “Corres bem, mas fora do caminho”; quer dizer, não vai pelo caminho por onde Deus queria que fosses para alcançares a salvação.

O Senhor não aceita os sacrifícios que lhe são oferecidos segundo a vontade própria. Mas a Caim e seu presente não viu com bons olhos (Gn 4,5). Mais ainda: O Senhor comina severos castigos aqueles que voltam as costas aos seus chamamentos para seguirem os conselhos da própria inclinação.
Ai dos filhos rebeldes! Declara o Senhor. “Querem realizar um desígnio mas não o meu” (Is 30,1)

É que o chamamento a um estado de vida mais perfeito é graça especial e muito grande que Deus não faz a todas as almas; razão tem, pois, de se indignar contra quem o despreza. Não se sentiria ofendido um príncipe que, convidando um vassalo a servi-lo de mais perto, a ser seu privado, recebesse dele uma recusa? E Deus não se ressentirá? Ressente, sim, e ameaça, como se lê em Isaías (Is 45,9): “Ai daquele que litiga com o Criador”. A palavra Ai significa na Escritura perdição eterna. Começará já nesta vida o castigo do desobediente; viverá sempre inquieto, como diz Jó: “Quem se lhe opôs que se saísse ileso?” (Jo 9,4).

Ver-se-á, além disso, privado do auxílio abundante e eficaz para viver bem.

São do mesmo parecer São Bernardo, São Leão Magno e São Gregório Magno, escrevendo ao imperador Maurício, que por édito proibira que os soldados entrassem em religião, lhe disse desassombradamente que praticava uma injustiça, pois a muitos fechava as portas do paraíso, os quais no estado religioso se salvariam e ficando no século se perderiam.

É célebre o caso narrado pelo Padre Lancício. No colégio romano estava fazendo os exercícios espirituais um jovem de grande talento. Uma das perguntas que fez ao seu confessor foi se era pecado não corresponder à vocação religiosa. Respondeu-lhe o confessor que em si não era pecado grave, porque se tratava de um conselho e não de um preceito; mas que era por em grande perigo a salvação eterna, como acontecera a tantos que, por não ouvirem o chamamento de Deus, se condenaram. Assim o fez este jovem. Foi continuar seus estudos em Macerata, onde dentro em pouco, começou a deixar a oração e a comunhão, acabando por se entregar à vida desregrada. Não tardou muito que, ao sair da casa de uma mulher sem vergonha, fosse ferido de morte por um rival. Acorreram alguns sacerdotes, mas ele morreu, mesmo diante do colégio, antes que eles chegassem. Com essa circunstância quis Deus dar a conhecer que o castigo lhe adviera precisamente por ele ter desprezado sua vocação.

É notável também a visão que teve um noviço, ao qual como refere o Padre Pinamonti no tratado sobre A Vocação Triunfante – quando meditava sair da religião, Jesus Cristo se lhe mostrou indignado no seu trono e mando riscar o seu nome do livro da vida...

Ele, aterrado, resolveu permanecer na religião. E quantos outros exemplos semelhantes andam narrados nos livros? E quantos míseros jovens não veremos nós condenados no dia do Juízo, por não terem obedecido à sua vocação?
A estes tais, como a rebeldes às luzes divinas, segundo diz o Espírito Santo: “Eles formam parte dos rebeldes à luz, não conheceram os caminhos” (Jo 24,13), é justamente infligido o castigo de perderem a luz. Porque não quiseram caminhar pelo caminho que o Senhor lhes tinha marcado, e meteram pelo que lhes apontava a sua inclinação sem as luzes do Espírito Santo, perderam-se. Eu vos comunicarei o meu Espírito, isto é, a vocação, mas porque faltaram a ela, acrescenta Deus: Mas visto que vos chamei, e vós não quisestes ouvir-me, visto que estendi a minha mão e ninguém presta atenção; e tendes desprezado todos os meus conselhos e não quisestes a minha admoestação; também eu rirei do vosso infortúnio e zombarei quando sobrevier o espanto (Pr 1,23-26). Isto quer dizer que Deus não ouvirá a voz de quem desprezou a sua. Afirma Santo Agostinho: “Os que desprezaram a vontade de Deus que os convidava sentem a vontade de Deus que se vinga”.

Portanto, quando Deus chama ao estado mas perfeito, quem não quiser pôr em grande perigo a salvação eterna, tem que obedecer e sem demora. De outro modo, ouvirá de Jesus Cristo as reprovações e censuras que ouviu o jovem que, ao ser convidado a segui-Lo disse: “Seguir-te-ei Senhor; mas primeiro permite-me ir-me despedir dos de minha casa”. E Jesus respondeu-lhe que não estava talhado para o paraíso: “Ninguém que pôs a sua mão ao arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus” (Lc 9,62). As luzes de Deus são passageiras e não permanentes; donde veio a dizer São Tomás de Aquino que o chamamento divino para vida mais perfeita deve ser correspondido o mais depressa possível. Debate ele na sua Suma Teológica a questão se se deve entrar em religião sem ouvir o parecer de muitos e sem longa deliberação. E responde dizendo que o conselho e a deliberação são necessários nas coisas duvidosas, mas nesta não que é de certo boa, visto que a aconselhou o próprio Jesus no Evangelho; a vida religiosa é o compêndio dos conselhos de Jesus Cristo.

Caso bem estranho! A gente do mundo quando se trata de alguém que deseja entrar em religião para levar vida mais perfeita e mais segura nos perigos de se perder, dizem que tais resoluções necessitam muito tempo de deliberação antes de se porém em prática, para se certificar se a vocação vem de Deus e não do demônio. Mas já não falam assim, quando se trata de aceitar uma magistratura, um bispado, por exemplo, onde se correm tantos perigos de se perder. Então já não dizem que são precisas muitas precauções para se certificar se aquela é a verdadeira vocação de Deus. Não é esta a linguagem dos santos. São Tomás de Aquino diz que, ainda que a vocação religiosa viesse do demônio, deve abraçar-se como se abraça um bom conselho, mesmo que venha de um inimigo. E São João Crisóstomo, citado pelo mesmo Santo Doutor, afirma que Jesus Cristo quando chama, quer tal obediência de nós, que não demoremos um só instante em segui-Lo (Hom. 14 in Math).

E porque? Porque Deus, quanto mais se compraz em ver a prontidão com que é obedecido, tanto mais abre as mãos e enche de bênçãos a quem assim procede. Pelo contrário, quanto maior for a demora em acudir ao Seu chamamento, menor será a sua generosidade e mais se afastará com as suas luzes. De modo que o chamado dificilmente seguirá a sua vocação e facilmente a abandonará.

Tudo isto levou São João Crisóstomo a dizer que o demônio quando não consegue dissuadir alguém da resolução de se consagrar a Deus, procura ao menos fazer com que ele difira a execução e tem por grande ganho, quando obtêm a dilação de um dia, de uma hora, se alcança ao menos um breve adiamento (Hom. 56, ad pop. Ant.) É que depois de um dia, depois de uma hora, mudando as ocasiões, confia que lhe será menos difícil lograr mais tempo, confia que a alma enfraquecida e menos ajudada da graça ceda de todo e abandone a vocação.

Com estes adiamentos, a quantas almas chamadas por Deus não logrou o inimigo fazer perder a sua vocação! Por esse motivo aconselha São Jerônimo a quem é chamado a abandonar o mundo, nestes termos: “Apressai-vos, suplico-vos, e, em lugar de desatar as amarras que vos prendem ao fundo da barca, cortai-as” (Ad Paul.).

Quer o Santo dizer que, assim como quem se encontrasse preso num barco que estivesse a submergir-se trataria de cortar as amarras e não de as desatar; assim também, quem está no meio do mundo, deve procurar cortar o mais depressa possível os laços que a ele o prendem e unem, para fugir quanto antes do perigo de perder-se, que lá é tão fácil.

Vejamos o que escreve São Francisco de Sales nas suas obras acerca das vocações religiosas, porque tudo ajudará a corroborar o que levamos já dito e o que adiante acrescentaremos.

Para ter sinal seguro da verdadeira vocação, não é mister constância a firmeza que seja sensível, basta que essa constância e firmeza existam na parte superior do espírito; donde não se há de julgar como não verdadeira vocação se, quem foi chamado, antes de se desligar do mundo, deixou de experimentar aqueles afetos e consolações que experimentava ao princípio, chagando até a ver-se invadido de tal repugnância e arrefecimento, que o fazem às vezes vacilar e crer que tudo está perdido. Basta que a vontade fique firme e não abandonar o chamamento divino. Não é preciso mais do que a permanência certa da afeição à vocação religiosa.

Para saber se Deus quer que uma alma abrace a vida religiosa, não é preciso esperar que Ele próprio lhe fale ou mande do Céu um anjo anunciar-lhe a sua vontade. Nem, muito menos, é necessário que se submeta a um exame de dez doutores, para decidir se a vocação é para ser seguida ou não; o que importa é corresponder e cultivar o primeiro movimento de inspiração divina e não desanimar-se e aborrecer-se, se sobrevierem desgostos e arrefecimentos; procedendo assim, Deus se encarregará de que redunde tudo para Sua maior glória.

Não há porque preocupar-se como de onde parte a inspiração: O Senhor tem muitos meios de chamar os Seus servos. Umas vezes, serve-se de um sermão, outras da leitura de bons livros. A alguns chama-os quando ouvem a palavra do Evangelho, como vez a Santo Agostinho e a São Francisco de Assis.

Para com outros, serve-se das aflições e trabalhos que lhes traz o mundo, dando-lhes assim motivo para o deixarem. Ainda que venham para a vida religiosa desavindos com o mundo, nem por isso deixam de se entregar a Deus com franca devoção e vontade, e muitas vezes sucede que atingem mais alto grau de santidade que aqueles que vieram por vocação mais manifestada.

Conta o padre Pratti que um gentil homem montava um dia um belo e fogoso cavalo e procurava dar provas de bom cavaleiro, para agradar à dama a quem cortejava. Ora, sucedeu que numa dessas proezas de cavalaria foi cuspido do cavalo abaixo, caiu no lodo e levantou-se todo sujo e enlameado. Foi tal a sua confusão e vergonha, que naquele mesmo instante resolveu entrar na vida religiosa « ó mundo traidor, - disse ele de si para consigo, - tu fizeste pouco de mim, também eu vou fazer pouco de ti; fizeste-me uma partida, farte-ei outra; não voltarei a fazer as pazes contigo. Vou-te abandonar imediatamente e fazer-me religioso ». De fato entrou em religião e nela vive santamente.

Meios para conservar a Vocação

De modo que quem deseja obedecer à vocação divina, é preciso não só que se resolva a segui-la, mas também a segui-la sem demora e quanto antes para se não expor a perdê-la.

Supondo, porém, que circunstâncias especiais o obriguem a esperar, deve conservá-la com toda a diligência como a jóia mais preciosa que tivesse.

São três os meios para conservar a vocação:
Segrego, oração e recolhimento.

1º - Do Segredo

Antes de mais nada e de modo geral, é necessário guardar segredo para com todos a respeito da vocação, menos com o padre espiritual, visto que, ordinariamente, as pessoas do século não tem escrúpulo nem se coíbem de dizer aos pobres jovens, chamados ao estado religioso, que em toda parte, até no mundo se pode servir a Deus. O que é mais para estranhar é que semelhantes asserções saiam às vezes da boca de sacerdotes, e até de religiosos que, ou entraram em religião sem vocação ou não sabem o significado dessa palavra. É bem verdade que em todo lugar pode servir a Deus quem não é chamado para a vida religiosa; mas quem o é e quer ficar no mundo por seu capricho, dificilmente, como foi demonstrado acima, levará vida regrada e servirá a Deus.

De modo especial, é mister ocultar a vocação aos parentes. Já Lutero era de opinião, como refere Belarmino (Contr. 2 Tom. de manarch, cap. 36, nº 1), que os filhos pecavam entrando em religião sem consentimento de seus progenitores. Dava como fundamento que os filhos são obrigados a obedecer-lhes em tudo. Tal opinião tem sido comumente refutada pelos concílios e pelos Santos Padres.

O décimo Concílio de Toledo no último capítulo diz expressamente que é permitido aos filhos entrarem em religião, desde que tenham ultrapassado os anos da puberdade: "Aos pais será permitido negar aos seus filhos a licença para entrarem em religião até aos 14 anos de idade. Passados os 14 anos, poderão os filhos abraçar licitamente o estado religioso, quer por vontade de seus pais, quer por eleição espontânea".

O mesmo se prescreve no Concílio Tibutirno (can. 24). Esta é a doutrina de Santo Ambrósio, São Jerônimo, Santo Agostinho e São Bernardo. É assim que diz São Tomás e outros, servindo-se das palavras de São João Crisóstomo: "Quando os pais impedem o bem espiritual nem sequer se devem consultar" (Hom 84 - in Joan).

Não deixa de haver quem opine que, no caso de um filho chamado por Deus para o estado religioso poder fácil e seguramente obter o consentimento dos seus progenitores, sem correr o perigo de que eles lhe impeça a vocação, seria de aconselhar pedir-lhes a benção. Esta doutrina especulativamente sustentável, na prática acarreta ordinariamente perigos. É ponto que precisa de ser muito bem aclarado para tirar a alguns certos escrúpulos farisaicos. É doutrina assente que na eleição de estado os filhos não são obrigados a obedecer aos pais.

Assim o ensina comumente os doutores como São Tomás nos termos seguintes: Quando se trata de contrair matrimônio ou de guardar castidade ou de matéria semelhante, nem os criados são obrigados a obedecer aos amos, nem os filhos a seus pais.

No que toca ao estado conjugal, o padre Pinamonti no seu tratado sobre A Vocação Religiosa, é do parecer de Sanchez, de koning e de outros teólogos, os quais defendem que o filho é obrigado a pedir conselho a seus pais, pois que nesta matéria eles, sendo mais idosos, tem maiores experiências do que os jovens, e, em assuntos destas natureza, não se esquecem de que são pais.

Mas na questão da vocação religiosa, ajunta avisadamente o mencionado padre Pinamonti, que o filho não é de modo nenhum obrigado a tomar o conselho de seus pais, porque, neste assunto, eles não tem nenhuma experiência, e, por mal entendido interesse, se convertem comumente em inimigos. Como adverte ainda São Tomás ao falar expressadamente da vocação: Muitas vezes aos amigos segundo a carne opõe-se ao nosso proveito espiritual. (2. 2 qu.189 art. 10). Mas querem os pais que os filhos se condenem junto deles do que se salvem, tendo que os deixar seguir o chamamento de Deus. Este procedimento arrancou a São Bernardo a severa exclamação: Oh pai cruel e mãe desnaturada, cuja consolação é a morte do filho, que preferem que morra com eles a que reine sem eles. (Epist. III)

Deus, diz um grande autor, quando chama uma alma para a vida perfeita, quer que ela se esqueça de seu pai, e assim lho faz sentir: ouve, filha, olha; aplica o teu ouvido; esquece do teu povo e a casa paterna (Ps. 44,II). Com esta exortação, ajunta o citado autor, nos adverte portanto, o Senhor e no seguir da vocação religiosa, não tem que intervir o conselho dos pais. Aqui deixo as suas palavras textuais: Se Deus quer que uma alma que Ele chama para si esqueça os pais e a casa paterna, dá a entender com isso que essa alma, chamada por Ele para a religião, não deve fazer entrar o conselho de seus amigos carnais e parentes na execução de tal vocação. (In S.Th. 9,189).

São Cirilo, ao explicar a advertência de Jesus Cristo ao jovem do Evangelho: Ninguém que meteu a mão ao arado e olha para trás está talhado para o reino do Céu (Lc 9,62), afirma que quem está à espera de tempo para cuvir o parecer de seus parentes acerca da sua vocação, esse é precisamente aquele que Senhor declara inapto para o Céu: Olha para trás quem procura dilação para ter oportunidade de consultar os parentes. Nisto se funda São Tomás quando adverte aos chamados para a vida religiosa que se precavenham de se aconselharem com os seus parentes sobre a vocação. Dá consulta esse assunto, em primeiro lugar, se deve afastar os parentes.

Aconselha-se que se discutam os nossos interesses com os amigos. Ora, os parentes, neste caso, não são amigos, mas antes inimigos segundo a asserção do Senhor: Os inimigos do homem são os parentes.

Se para seguir a vocação seria grande perigo pedir conselho aos pais, esse perigo subiria de ponto se se espera-se obter a sua licença quando se tentasse alcançá-la, porque tal diligência não poderá fazer-se sem correr o risco de perder a vocação, no caso de se prever que eles se empenhem em pedi-la.

E a verdade é que os Santos quando foram chamados a deixar o mundo, partiram de suas casas sem o comunicar aos seus pais. Assim o fizeram São Tomás de Aquino, São Francisco Xavier, São Felipe Neri, São Luis Beltrão. E sabemos que o Senhor aprovou estas fugas gloriosas.

São Pedro de Alcântara, fugiu a sua mãe, debaixo cuja obediência ficara depois da morte de seu pai, para entrar num mosteiro. Tendo que atravessar um rio encomendou-se a Deus e de repente viu-se transportado para outra margem.

De igual modo Santo Estanislau Kostka, tendo fugido de casa paterna, o irmão partiu de carroça em sua perseguição. Quando estava próximo a alcançá-lo, os cavalos estacaram e, por mais que o chicotassem, não conseguiram que eles dessem um passo em frente. Voltados que foram em direção à cidade, partiram à desfilada.

A beata Orinja de Valdarno na Toscana, prometida por seu pai como esposa a um jovem, fugiu também da casa de seus pais. No seu caminho teve de atravessar o rio Arno. Chegada que foi diante dele, fez uma breve oração; viu separarem-se as água diante dela, formarem-se como dois muros de Cristal, entre os quais pode passar a pé enxuto.

Por conseguinte, irmão caríssimo, se Deus nos convida a deixar o mundo, tende muito cuidado de não dar a conhecer a vossa resolução a vossos pais. Contentai-vos com ser abençoados por Deus e procurai pô-la em execução, o mais previamente que puderes, sem que eles, o saiba, se não o quereis expor-vos ao perigo de perder a vossa vocação.

Como já salientamos, ordinariamente, os parentes, e até mesmos os pais contraíram a execução do chamamento para a vida religiosa. Chega a suceder, que pais, aliás tementes a Deus e piedosos, se deixam cegar pelo interesse e a paixão a ponto de não terem escrúpulo de impedir, sob vários pretextos e por todos os meios, a vocação dos filhos.

Lê-se na vida do padre Paulo Segneri Junior e sua mãe, senhora de muita oração, não deixou pedra por mover para obstar à vocação religiosa de seu filho.

O mesmo fato se refere na vida de Monsenhor Cavalieri, bispo de Tróia, cujo pai, ainda que senhor de muita piedade, tentou por todos os modos impedir que seu filho entrasse (como de fato entrou) na Congregação dos pios operários, indo ao ponto de instaurar um processo no Tribunal Eclesiástico.

E quantos outros pais e mães, apesar de serem pessoas devotas e de oração ao tratar-se da vocação de seus filhos se transformam como se tivessem possessas do demônio!

É que o inferno para nenhuma outra se arma de ponto em branco, como para impedir a entrada na vida religiosa aqueles que para ela são chamados.

Por isso, repito, tende muito cuidado em não comunicar a vossa vocação aos amigos, os quais não terão escrúpulos, se não de vos aconselhar, ao menos de publicar, o segredo, de modo que os vossos facilmente chegaram aos conhecimento de vossos intentos.

2º- Da oração

Em segundo lugar, é preciso não esquecer que a vocação religiosa apenas por meio da oração se pode conservar.

Quem largar a oração, largará também certamente a vocação. É negócio que requer oração. Por isso, quem se sente chamado por Deus para a vida mais perfeita, nunca deixe de fazer uma hora de oração pela manhã, ou ao menos, meia hora em casa ou na igreja se em casa não puder ter o recolhimento preciso; e outra meia hora antes de se recolher. Não omita de modo nenhum a visita diária ao santíssimo Sacramento e a Maria Santíssima para obter a perseverança na vocação. Comungue três ou, ao menos, duas vezes por semana. O ponto na meditação seja quase sempre a vocação, considerando como fui grande a graça que Deus lhe fez chamando, quanto assegura mais a salvação eterna, se lhe obedecer com fidelidade; em que perigo se põe, pelo contrário, se lhes não obedece. Ponha muito especialmente diante dos olhos a hora da morte, e considera a alegria e a satisfação que então sentirá de ter ouvido a voz de Deus e a pena e remorsos que o hão de torturar, se acabar seus dias no século. Com este propósito ajuntaremos no fim algumas considerações sobre as quais se poderá fazer a oração mental.

Necessário é, por tanto, que todas as orações feitas a Jesus e a Maria, muito principalmente depois da comunhão e durante a visita ao Santíssimo, tenham por fim alcançar a santa perseverança. Quer na oração, quer na comunhão, renovai sempre a doação de vós mesmos a Deus, com essa fórmula: Eis me aqui, Senhor, já não sou meu, sou vosso. Já me entreguei a Vós, a Vós de novo me torno a entregar. Aceitai-me e dai-me força para Vos ser fiel e para me retirar quanto antes para a vossa santa casa.

3º- Do Recolhimento

Em terceiro lugar é necessário o recolhimento e este não se pode ter sem nos retirarmos do trato e divertimentos mundanos. Que é que nos pode enquanto estamos no século, fazer perder a vocação? Um nada. Bastará um dia de diversões: o embuste de um amigo, uma paixão mal dominada, uma afeição desordenada, um temor vão, uma tristeza não vencida. Tudo isto bastará, repito para fazer perder a resolução tomada de retirar-se do mundo e dar-se todo a Deus. Por isso, impõe-se a necessidade de um recolhimento total de um desprendimento de tudo o quanto seja o mundo.

Neste tempo outra não deve ser a vossa ocupação que a oração, a freqüência dos Sacramentos, a casa e a igreja. Quem assim não proceder e se entregar a passa tempos e diversões, tem que se convencer de que perderá a vocação. Ficará com remorsos de a não ter seguido, mas de certo a não seguirá. Quantos por desprezarem este conselho - de se entregar ao recolhimento - perderam a vocação e com ela a alma.
Fonte: A vocação Religiosa, Estimulo a um religioso para o avançar na perfeição de seu estado - por - Santificado Santo Afonso Maria de Ligório
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